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Tipos de afogamentos e consequências

 Independentemente das circunstâncias específicas ou do local em que ocorra (no mar, num rio, numa piscina ou numa banheira), uma imersão excessivamente prolongada provoca sempre um evidente risco mortal, pois ao fim de alguns minutos de interrupção da troca gasosa a nível pulmonar geram-se lesões cerebrais que, caso não provoquem a morte, podem gerar problemas neurológicos irreversíveis, mesmo quando se procede ao salvamento e tratamento imediatos da vítima. Contudo, o prognóstico depende, para além da rapidez com que se efectua o salvamento, do mecanismo fisiopatológico envolvido e da natureza do meio aquático em que se produz o acidente, o que permite distinguir dois tipos de afogamento.

Afogamento seco.

Representando um em cada dez casos, o laringospasmo é tão intenso que praticamente não permite a passagem de liquido para os pulmões, pois a principal causa de morte é a falta de oxigenação e a consequente paragem respiratória, seguindo-se a paragem cardíaca. Caso o salvamento seja imediato, talvez se consiga recuperar a respiração, espontânea ou através dos primeiros socorros – embora inicialmente a vitima apresente sinais de insuficiência respiratória (dispneia, cianose), os sintomas começam a ceder, sem grandes complicações, com a recuperação da função respiratória.

Afogamento húmido.

Neste caso, a causa da paragem respiratória alia-se às consequências da passagem da água para os pulmões, de diferente tipo, conforme a natureza do liquido.
Tratando-se de água do mar, com uma concentração de sais muito superior à sanguínea, verifica-se uma passagem da água dos capilares para o interior dos alvéolos – desta forma, os pulmões inundam-se ainda mais. Contudo, esta não é a principal consequência negativa, pois a brusca redução do volume de sangue circulante pode provocar uma paragem cardíaca, com resultados fatais.